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domingo, 18 de setembro de 2022

O QUE É A TEORIA DAS 10 MIL HORAS


 Há algumas décadas, surgiu a teoria das 10 mil horas, que informava que a excelência em qualquer atividade estava relacionada com esse volume de tempo dedicado ao aprimoramento das técnicas, sejam elas quais fossem. Isso seria o equivalente a um treino de 3 horas por dia em 10 anos, o que, de certa forma, não parece tão contraditório ou impossível como podemos imaginar inicialmente. O problema é que as últimas pesquisas apontam que esse número pode mudar consideravelmente de acordo com a pessoa e a atividade escolhida.

Os princípios da teoria das 10 mil horas

A princípio, a teoria das 10 mil horas foi “descoberta” por um psicólogo sueco, Anders Ericsson, nos anos 1990. Seu estudo que consistia, essencialmente, em entender como as pessoas se tornavam experts, determinou a média de tempo de prática para a excelência em qualquer campo de atuação.

Em seguida, um grande escritor canadense, Malcolm Gladwell, publicou esse conceito em um dos seus livros (Outliers), em 2008. Em questão de tempo, a teoria se tornou uma espécie de “conceito” no mainstream.

Vale ressaltar que números semelhantes já eram amplamente difundidos no esporte, especialmente nas artes marciais orientais

Um fato interessante é a antiga frase de Bruce Lee, que dizia:

"Eu não tenho medo de um homem que treina 10 mil chutes, mas sim daquele que treina um único chute 10 mil vezes."


Tudo isso ajudou a reforçar a ideia do público geral e inclusive do mundo acadêmico, por algum tempo, de que eram necessárias 10 mil horas para atingir a excelência, seja no esporte, na música ou em qualquer outro empenho ou área de conhecimento humano. Em termos práticos, isso significa que seriam necessárias 20 horas semanais em 500 semanas ou cerca de 3 horas por dia em 10 anos de prática para conseguir alcançar o nível de expert.

Apesar de existirem controvérsias sobre a quantidade de horas para a excelência, é inegável que o treinamento contínuo de uma habilidade é extremamente importante para o desenvolvimento técnico de qualquer atleta. As pesquisas no campo da educação física mostram claramente que o treino, quando bem realizado ajuda a fortalecer os gestos motores, além de garantir uma série de benefícios nas mais variadas valências físicas, incluindo agilidade e destreza.

Como é do conhecimento da maior parte dos treinadores, a boa técnica, normalmente, gera uma economia de movimento. Isso garante mais “espaço” para criação de estratégias ou até mesmo resolução de problemas no treino. De certo modo, a criatividade do jogador está intimamente relacionada com sua capacidade técnica e a repetição.

No entanto, a questão ainda fica sobre qual é o melhor método de treino e como maiores resultados podem acontecer em menos tempo. Ainda assim, simplesmente por uma maneira didática ou para fins métricos, o alcance das 10.000 horas pode ser um marco importante, especialmente para os mais novos que desejam seguir a carreira como atleta profissional.

 

Fonte: https://www.unisportbrasil.com.br