Os princípios da teoria das 10 mil horas
A
princípio, a teoria das 10 mil horas foi “descoberta” por um psicólogo sueco,
Anders Ericsson, nos anos 1990. Seu estudo que consistia, essencialmente, em
entender como as pessoas se tornavam experts, determinou a média de tempo de
prática para a excelência em qualquer campo de atuação.
Em
seguida, um grande escritor canadense, Malcolm Gladwell, publicou esse conceito
em um dos seus livros (Outliers), em 2008. Em questão de tempo, a teoria se
tornou uma espécie de “conceito” no mainstream.
Vale ressaltar que números semelhantes já eram amplamente difundidos no esporte, especialmente nas artes marciais orientais.
Um fato interessante é a antiga frase de Bruce Lee, que dizia:
"Eu não tenho medo de um homem que treina 10 mil chutes, mas sim daquele que treina um único chute 10 mil vezes."
Tudo isso ajudou a reforçar a ideia do público geral e inclusive do mundo acadêmico, por algum tempo, de que eram necessárias 10 mil horas para atingir a excelência, seja no esporte, na música ou em qualquer outro empenho ou área de conhecimento humano. Em termos práticos, isso significa que seriam necessárias 20 horas semanais em 500 semanas ou cerca de 3 horas por dia em 10 anos de prática para conseguir alcançar o nível de expert.
Apesar de
existirem controvérsias sobre a quantidade de horas para a excelência, é
inegável que o treinamento contínuo de uma habilidade é extremamente importante
para o desenvolvimento técnico de qualquer atleta. As pesquisas no campo
da educação física mostram claramente que o treino, quando
bem realizado ajuda a fortalecer os gestos motores, além de garantir uma série
de benefícios nas mais variadas valências físicas, incluindo agilidade e
destreza.
Como é do
conhecimento da maior parte dos treinadores, a boa técnica, normalmente, gera uma economia de
movimento. Isso garante mais “espaço” para criação de estratégias ou até mesmo
resolução de problemas no treino. De certo modo, a criatividade do jogador está
intimamente relacionada com sua capacidade técnica e a repetição.
No
entanto, a questão ainda fica sobre qual é o melhor método de treino e como
maiores resultados podem acontecer em menos tempo. Ainda assim, simplesmente
por uma maneira didática ou para fins métricos, o alcance das 10.000 horas pode
ser um marco importante, especialmente para os mais novos que desejam seguir a
carreira como atleta profissional.
Fonte: https://www.unisportbrasil.com.br